terça-feira, 13 de julho de 2010

Espiã no lençol

O mito de que prostitutas iam para a cama com oficiais alemãs para passar segredos contados na alcova para a Resistência não é mito coisa alguma. Há vários exemplos, uma das mais bem-sucedidas, Amy Elizabeth Thorpe, codinome Cynthia, fez da cama uma de suas principais armas para roubar segredos alemães. Casada com o diplomata inglês Arthur Pack e morando nos Estados Unidos, ela conseguiu obter os códigos para decifrar as operações navais italianas e as correspondências do governo de Vichy. Em 1940, já sob as ordens do serviço secreto inglês, ela usou seu charme com o almirante Alberto Lais, da Marinha da Itália. Seduzido, ele entregou o livro com os códigos secretos a ela, ajudando os aliados a derrotar os italianos na batalha de Cape Matapan em 1941. Nesse mesmo ano, Cynthia recebeu outra missão: descobrir os códigos secretos utilizados pelo governo de Vichy para se comunicar com a Alemanha. Usando novamente sua arma preferida, ele foi conversar com o assessor de imprensa do governo de Vichy em Washington, o capitão Charles Brousse, um ex-piloto da Marinha francesa, usando como disfarce uma posição de jornalista. Os dois começaram um affair, embora ele fosse casado, e Amy convenceu-o a ajudá-la a copiar os livros com códigos de criptografia do cofre da embaixada. Após duas tentativas frustradas, eles conseguiram os dados, entregando aos aliados os códigos de criptografia do governo de Vichy. Foi sua última missão, mas para os alemães ela continou a ser uma das agentes mais procuradas inclusive com uma recompensa por sua captura. No final de guerra, em 1945, o marido de Amy se suicidou e a experiente espiã foi traída pelo coração. Brousse havia se divorciado. Cynthia, apaixonada, casou-se com ele.

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